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Aston Martin Vantage une estilo e desempenho

Conheça o esportivo inglês

Há muitas décadas, a inglesa Aston Martin é associada aos filmes de James Bond. Da mesma forma que o espião 007, a fabricante de supercarros traz em seu DNA a elegância de um smoking bem cortado e o fôlego necessário para salvar o mundo dos bandidos mais perigosos. Não é diferente com o Vantage, cupê de dois lugares que hoje é a porta de entrada para a marca britânica. Segundo a UK Motors, importadora oficial da Aston desde o ano passado, até agora foram entregues apenas dois exemplares do Vantage padrão, como o avaliado por mim nesta reportagem – o preço inicial é de R$ 2,4 milhões, sem incluir os muitos opcionais nem as variadas possibilidades de personalização disponíveis.

DESEMPENHO
Sócia minoritária da Aston Martin, a Mercedes-Benz fornece os motores e outros componentes para a empresa britânica. Na versão avaliada, o Vantage traz sob o capô o moderno e competente V8 4.0 biturbo que também equipa quase todos os Mercedes topo de linha na atualidade.

Com 510 cv de potência e colossais 70 kgfm de torque enviados para as rodas traseiras, a unidade de força garante acelerações de tirar o fôlego, sem abrir mão do controle.

O câmbio automático de oito marchas é suficientemente rápido para acompanhar e gerenciar tanto ímpeto, enquanto o ronco do motor, grave e agressivo, dá um show à parte.

São três modos de condução e o mais “manso” já é suficientemente esportivo.
Cada opção ajusta a sensibilidade do acelerador e o tempo de troca de marchas, bem como a carga dos amortecedores – que pode ser regulada separadamente.

As três opções também ajustam o nível de interferência dos controles eletrônicos de tração e estabilidade – a prudência recomendou rodar a maior parte do tempo no ajuste mais “civilizado”.

Diferentemente de outros esportivos que pude testar, impressionou a capacidade de o Vantage ser um animal relativamente dócil no dia a dia, sem apresentar dureza excessiva das suspensões nem raspar o para-choque ou o assoalho a cada irregularidade do piso.

Por outro lado, em uma tocada mais forte, o chassi bem equilibrado, com distribuição de 50% do peso em cada eixo, transmite segurança e percepção de controle.

DESIGN
Se a parte mecânica e outros aspectos do Vantage são variações de itens vistos e sentidos em modelos da Mercedes, o design, sem dúvida, ajuda a fazer do cupê inglês um bicho único.

Medindo 4,46 m de comprimento, este Aston é compacto e esbanja equilíbrio no que se refere às proporções da sua carroceria.

Na dianteira imponente, os faróis pequenos e esguios contrastam com a tradicional grade trapezoidal da Aston Martin.

Enxergar o cupê no retrovisor, definitivamente, tem algo de intimidador.

Ao mesmo tempo, o capô longo se integra naturalmente às laterais com linhas fluidas: nada de ângulos retos nem recortes exagerados, a palavra de ordem é elegância.

Como em outros modelos recentes da marca inglesa, a ousadia fica concentrada na traseira com estilo “rabo de pato”, com asa integrada à carroceria que incorpora uma fina faixa de LEDs que compõe a lanterna e os piscas.

INTERIOR E EQUIPAMENTOS
Na cabine com espaço para mototorista e passageiro, fica evidente que o Vantage – e outros modelos da Aston Martin – não é feito apenas de estilo e performance.

O cupê também não esconde que é, sim, um carro de luxo.

No habitáculo, quase todas as superfícies, incluindo a moldura da central multimídia, são revestidas de couro de alta qualidade, muito bem costurado.

Um bom terno ou smoking é o tipo de traje que combina perfeitamente com a proposta.

No exemplar que testei, a cor vinho predomina por dentro e compõe um belo contraste com o azul-escuro da carroceria. Vale dizer que não faltam opções de outras tonalidades e materiais de revestimento.

Já os bancos esportivos são confortáveis e ainda proporcionam bom apoio lateral na hora de pisar fundo.

Contudo, nem tudo é perfeito: o console central exibe muito plástico e contrasta com o requinte do restante da cabine.

Além disso, a central multimídia, também fornecida pela Mercedes-Benz, é de uma geração anterior da marca alemã e não traz tela sensível ao toque.

A respectiva operação é concentrada em um pad tátil no console, o que torna tudo um pouco complicado e nada intuitivo.

MERCADO
Alguns podem dizer que o Vantage no fundo é um Mercedes-AMG GT com roupagem diferente, mas isso não poderia estar mais distante da realidade.

A marca alemã sabe disso e, não por acaso, em 2023 vai elevar sua participação na Aston Martin para até 20%.

Mesmo com motor e outros itens da Mercedes, o Vantage tem personalidade própria, inclusive no que se refere à capacidade dinâmica, que traz um excelente balanço entre performance e conforto no uso cotidiano.

Para completar, o cupê, da mesma forma que outros modelos da fabricante britânica, é exclusivo sem custar tanto quanto uma Ferrari, por exemplo.